terça-feira, 1 de novembro de 2011

Encarar o horizonte


Tem dias que viver é uma merda e eu me afogo em doses exorbitantes de álcool pra ver se me esqueço. Perdoem as moças que me pintavam doce, perdoem as moças que me pintavam príncipe, mas aqui eu assassinei tudo de melhor que tinha em mim porque me deu vontade. A vida é uma droga, meus caros. Os amores são patéticos e ninguém é capaz de se doar o suficiente, ninguém para de olhar pro próprio umbigo. ALÔ MOÇADA! Há um mundo muito melhor se olhar de cara ereta, encarar o horizonte e abrir os olhos pra chuva. Eu me deixei lavar por tanto tempo pela água salgada, que acabei me levando longe demais. Fiquei à deriva, perdido n’algum lugar estranho e desprovido de cor. O amor é uma mentira. Conclui que amores de mentira são vividos por alguém que ama de verdade. Veja bem: eu disse ALGUÉM, não ALGUÉNS. Não há nós que resista ao amor. Ultimamente é tudo nó mal dado, é tudo nó frouxo. No primeiro aperto, no primeiro sufoco, no primeiro peso – puf – arrebenta.

Eduardo Monteiro

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