terça-feira, 22 de novembro de 2011



Ô pequena, acalma esse teu coração que sofre por amar um tanto demais. Que culpa se tem dessas armadilhas que preparam pra gente? Suspira, suspira outra vez e conta até três. Conta estrelas, anda a favor do vento, pra ver os cabelos dançando no teu rosto triste. Deixa o mar te fazer cócegas nos pés e aprende que o agridoce da dor nunca dura pra sempre. Fica tudo enjoativo, tão enjoativo que se acostuma. Sorria, pequena. Pra ti, por ti, pro mundo. Pra que desfazer aquilo que hoje te faz a essência. Deixa florir, apesar de. Uma hora é outono outra vez e tudo isso se desfaz com um sopro. Serão só flores secas no chão.

De Eduardo Monteiro para Mírian Clara Benicá

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